Tendo a morte como princípio e a existência como um fim.

A existência é algo tão frágil e sutil, que somos sequer capazes de perceber o seu movimento, por que estamos todos iludidos naquilo que acreditamos sermos, mas não somos jamais. Observo a existência manifesta na natureza e fico embasbacado de ver ela acontecer e findar peremptoriamente iludido pelas aparências.

Vejo a energia que constrói os corpos e as vejo romper do mesmo jeito que nasceram, sem qualquer admiração, como se fossem casulos que liberam as almas, como as borboletas que tão lindamente eclodem e embelezam a natureza ao nosso redor. Somos parte do universo e é como o "buraco da minhoca" que transladamos.

É tudo tão simples e tão lindo, que nos emocionamos, quando percebemos esse imenso poder, mas muitas vezes desconhecemos o nosso caminhar e, nos deixamos levar por impressões, na busca de algo que possamos controlar, para descobrir logo depois que não podemos controlar nada, jamais, em tempo nenhum.

Quando entro no estado absorto, no caminho para a eternidade, chego bem perto do estado de morte e me recolho novamente, para sentir o poder que emana de dentro de mim e acontece com plenitude. Tem pessoas que procuram sentido, naquilo que tem sentido jamais e se perdem por pura ignorância e desamor.

Existence is something so fragile and subtle that we are not even capable of perceiving its movement, because we are all deluded by what we believe we are, but we are never. I observe the existence manifested in nature and I am astonished to see it happen and end peremptorily deluded by appearances.

I see the energy that builds the bodies and I see them break in the same way they were born, without any admiration, as if they were cocoons that release the souls, like the butterflies that so beautifully hatch and beautify the nature around us. We are part of the universe and it is like the wormhole that we travel.

It is all so simple and so beautiful that we are moved when we perceive this immense power, but many times we are unaware of our path and we allow ourselves to be carried away by impressions, in the search for something we can control, only to discover later that we can control nothing, ever, at any time.

When I enter the absorbed state, on the path to eternity, I come very close to the state of death and I withdraw again, to feel the power that emanates from within me and happens with plenitude. There are people who seek meaning in that which has never had meaning and they get lost through pure ignorance and lack of love.