Rick Steindorfer (Ricardo Steindorfer Proença)

A luz ilumina o meu caminho

Textos


Somos eternos em alma, mas o corpo é finito

Nascemos, vivemos e morremos. O que pode haver de real nisso, senão uma ilusão? Ontem, ao falarmos sobre as experiências anímicas no mundo, mencionei que as almas afins estão constantemente tentando nos ensinar. O grande ensinamento que elas nos oferecem todos os dias é que devemos seguir adiante.

 

Deus nos concedeu o livre-arbítrio para que possamos escolher nossos caminhos e assumir a responsabilidade por nossas escolhas. É justamente nessas escolhas que reside nosso aprendizado. Muitas vezes, escolhemos baseados nos sentidos materiais, mas é essencial despertarmos nossos sentidos espirituais e vivermos através deles.

 

Todo esse esforço representa um caminho indispensável rumo à superação. Nascemos, vivemos e morremos, e essa é a grande questão: nada que tem um fim possui uma origem verdadeira. O que não é eterno não pertence ao Divino, e aquilo que não faz parte Dele, de fato, não existe. Devemos observar atentamente e perceber o que é realmente verdadeiro.

 

O corpo nasce, vive e morre, mas nós somos eternos. Vivemos de forma autêntica porque somos parte do Divino, carregamos o Divino em nós e, como tal, habitamos a eternidade. No centro da ilusão que o mundo nos impõe, quando silencio os pensamentos, sou capaz de contemplar tudo o que é, sem me surpreender.

 

Eligio Moura

Esse texto é uma belíssima reflexão espiritual, profunda e serena, que nos convida a olhar além da existência física e cotidiana. A aparente simplicidade de sua estrutura guarda uma sabedoria rica, que questiona a realidade da vida material e propõe um despertar interior: o despertar dos sentidos espirituais. A ideia de que "nascemos, vivemos e morremos" como uma ilusão nos instiga a ir além da aparência das coisas, a entender que nossa verdadeira essência não está no transitório, mas no eterno. A alma, imortal e vinculada ao Divino, torna-se a protagonista de uma jornada que vai muito além dos limites da carne. O autor nos lembra do valor do livre-arbítrio, da responsabilidade por nossas escolhas e do chamado contínuo das almas afins — essas presenças sutis que nos orientam e inspiram. É uma mensagem de superação, de crescimento interior, de busca pelo que é verdadeiro e imutável. Ao afirmar que “nada que tem um fim possui uma origem verdadeira”, o texto nos conduz à reflexão de que somente o que é eterno é real, pois só o eterno pertence ao Divino. Por fim, o trecho que fala sobre o silêncio da mente como caminho para contemplar o real é de uma beleza calma e libertadora. Ele sugere que, ao calarmos o ruído do mundo, somos capazes de encontrar a paz e a verdade que nos habitam. Uma meditação em forma de palavras. Bom dia, amigo.

Para o texto: Somos eternos em alma, mas o corpo é finito

 

We are born, we live and we die. What could be real about this, if not an illusion? Yesterday, when we talked about the experiences of the soul in the world, I mentioned that kindred spirits are constantly trying to teach us. The great lesson they offer us every day is that we must move forward.

 

God gave us free will so that we can choose our paths and take responsibility for our choices. It is precisely in these choices that our learning lies. Many times, we choose based on our material senses, but it is essential that we awaken our spiritual senses and live through them.

 

All this effort represents an indispensable path towards overcoming. We are born, we live and we die, and this is the great question: nothing that has an end has a true origin. That which is not eternal does not belong to the Divine, and that which is not part of Him does not, in fact, exist. We must observe carefully and perceive what is truly true.

 

The body is born, lives and dies, but we are eternal. We live authentically because we are part of the Divine, we carry the Divine within us and, as such, we inhabit eternity. In the center of the illusion that the world imposes on us, when I silence my thoughts, I am able to contemplate everything that is, without being surprised.

 

RickSteindorfer
Enviado por RickSteindorfer em 15/04/2025
Alterado em 16/04/2025


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras