Páscoa e ascenção espiritual

A Páscoa significa passagem, mas surge a pergunta: passagem de quê e para onde? Muitos podem interpretar que o corpo é uma prisão. Nesse sentido, a Páscoa simbolizaria a passagem desta dimensão para outras, especialmente após a morte do corpo. Não há comprovação científica sobre esse conceito, mas é uma ideia que toca o âmago da espiritualidade.

Assim, a Páscoa pode ser vista como uma libertação. Comparo-a com o processo do casulo se transformando em borboleta: libertando-se da casca, ela ascende pelo campo, livre e bela. Quando utilizamos toda a nossa energia para nos transformar, buscando o acrisolamento anímico, o significado da Páscoa se aprofunda ainda mais.

Por que não imaginar: a passagem seria, então, como um “buraco de minhoca”? Cientificamente, existem hipóteses de passagens interdimensionais que poderiam permitir o trânsito entre dimensões diferentes. Da mesma forma, quando o corpo morre, livres do peso que ele exerce, nos libertamos e fluímos para outras dimensões.

Com isso, a Páscoa transcende o conceito meramente religioso e se torna essencialmente espiritual. A alma liberta, agora sem barreiras, é capaz de viajar por todo o universo, regida por leis que ainda são desconhecidas pelos estudiosos. No tempo devido, essas verdades nos serão reveladas, permitindo que conheçamos e compreendamos mais profundamente.

A Páscoa é frequentemente associada a um momento de reflexão espiritual e ascensão interior. No contexto religioso, ela simboliza renovação, redenção e a vitória do espírito sobre as limitações do corpo ou das circunstâncias terrenas. Essa ideia de ascensão espiritual nos convida a buscar uma conexão mais elevada com nossa fé, com nossos valores e com aquilo que consideramos sagrado, transcendendo as dificuldades e limitações que enfrentamos.

No sentido mais amplo, a Páscoa pode ser vista como um convite à transformação e ao renascimento interior, alinhando-se ao desejo de uma evolução espiritual e pessoal. É um tempo para celebrar a luz, a esperança e a possibilidade de nos tornarmos versões melhores de nós mesmos.

Eligio Mourahá 10 minutos (18/04/2025, 09:51:46 BRT)

Meu preclaro amigo Steindorfer, O seu trabalho propõe uma reflexão instigante e poética sobre o verdadeiro significado da Páscoa, ultrapassando as fronteiras da tradição religiosa para adentrar no campo da espiritualidade e até da física teórica. A pergunta inicial — “passagem de quê e para onde?” — abre espaço para interpretações filosóficas profundas. Ao comparar o corpo a uma prisão e a Páscoa a uma libertação, o autor resgata uma simbologia rica, comum a diversas tradições: a transformação da matéria em espírito, do finito para o eterno, do terreno para o transcendente. A metáfora da borboleta emergindo do casulo é sensível e poderosa, sugerindo que a Páscoa é um convite à metamorfose interior — ao desprendimento dos condicionamentos, medos e limites do ego para alcançar uma consciência mais elevada. A ideia de um “acrisolamento anímico” — um refinamento da alma — reforça essa proposta de evolução interior. Ainda mais ousada é a analogia com os “buracos de minhoca”, trazendo à tona a possibilidade de que a passagem pascal não seja apenas simbólica, mas também relacionada a dimensões e realidades ainda desconhecidas. Aqui, o texto flerta com a física quântica e a cosmologia moderna, sugerindo que talvez a ciência um dia possa vislumbrar aspectos do que hoje chamamos de espiritualidade. Por fim, o autor conclui com uma visão esperançosa e universalista: a Páscoa como símbolo da liberdade da alma, capaz de transcender o tempo e o espaço. É um convite à fé não dogmática, mas contemplativa e aberta ao mistério. A Páscoa, assim, torna-se menos uma data do calendário e mais uma experiência contínua de renascimento e expansão de consciência. Belíssimo trabalho o seu Rick. Feliz Pascoa!!!!

Para o texto: Páscoa e ascenção espiritual

Easter means passage, but the question arises: passage from what and to where? Many may interpret the body as a prison. In this sense, Easter would symbolize the passage from this dimension to others, especially after the death of the body. There is no scientific proof of this concept, but it is an idea that touches the core of spirituality.

Thus, Easter can be seen as a liberation. I compare it to the process of a cocoon transforming into a butterfly: freeing itself from its shell, it soars through the field, free and beautiful. When we use all our energy to transform ourselves, seeking spiritual purification, the meaning of Easter deepens even further.

Why not imagine: would the passage then be like a “wormhole”? Scientifically, there are hypotheses of interdimensional passages that could allow transit between different dimensions. In the same way, when the body dies, free from the weight it exerts, we free ourselves and flow to other dimensions.

With this, Easter transcends the merely religious concept and becomes essentially spiritual. The freed soul, now without barriers, is able to travel throughout the universe, governed by laws that are still unknown to scholars. In due time, these truths will be revealed to us, allowing us to know and understand more deeply.