O Grito Silencia, Mas o Amor Constrói

Despertar o amor nas pessoas exige um esforço constante — e ele começa dentro de nós. É preciso vibrar paz e amor em nossa própria essência para, então, expressá-los no mundo: lembrar o nome das pessoas, falar com calma, olhar nos olhos. Nada disso é simples, mas é essencial.

Aprender isso foi, para mim, um desafio imenso. Nunca suportei o grito — ele me desequilibrava profundamente. Durante muito tempo, reagi a ele com força, mas tudo o que consegui foi desgastar minhas relações. Demorei a compreender que, na maioria das vezes, não é por mal que as pessoas gritam, mas por não saberem como lidar com suas próprias emoções.

Meu esforço é contínuo. Ainda erro — e com frequência. Volta e meia perco o controle e me arrependo, mesmo sabendo exatamente o que está acontecendo. É difícil interromper a reação no calor do momento. Mas sigo lembrando: a ofensa não está no outro — ela vive dentro de nós. Somos nós que escolhemos (ou não) nos sentirmos ofendidos.

Se queremos transformar o mundo, precisamos iniciar essa mudança em nós mesmos. Eu sempre repito isso. Mas para mudar, é preciso cultivar paciência e muita humildade. Esses caminhos exigem esforço constante. Mesmo assim, precisamos insistir em vibrar amor — em manter no coração a paz, a calma e o sentimento sincero de igualdade.

Awakening love in people requires constant effort — and it starts within us. We need to vibrate peace and love in our own essence in order to then express them in the world: remembering people’s names, speaking calmly, looking into their eyes. None of this is simple, but it is essential.

Learning this was a huge challenge for me. I could never stand yelling — it threw me off balance. For a long time, I reacted strongly to it, but all I managed to do was wear down my relationships. It took me a while to understand that, most of the time, it is not out of malice that people yell, but because they do not know how to deal with their emotions.

My effort is continuous. I still make mistakes — and often. Every now and then I lose control and regret it, even though I know exactly what I am betting on. It is difficult to stop the occurrence in the heat of the moment. But I keep remembering: the offense is not in the other person — it lives within us. We are the ones who choose (or not) to feel offended.

If we want to change the world, we need to start this change within ourselves. I always repeat this. But to change, we need to cultivate patience and a lot of humility. These paths block constant effort. Even so, we need to insist on vibrating love — on keeping peace, calm and a sincere feeling of equality in our hearts.