Mudança Caleidoscópica

A mudança caleidoscópica é uma imagem poderosa e multifacetada. Evoca algo em constante transformação — como fragmentos de cor que giram e se reagrupam, formando novos sentidos a cada movimento. Essa imagem traduz com precisão o que vivenciamos neste mundo material: uma existência moldada por fluxos, ciclos e impermanência.

Neste plano, tudo muda sistematicamente. Nada que é hoje permanece, nada do ontem continua intocado. O que nos cabe é aprender e nos exercitar — com humildade e lucidez. Observamos o mundo como se ele nos pertencesse, até compreendermos, pela experiência, que tudo é transitório, e que muitas vezes o que chamamos de realidade não passa de uma doce fantasia.

A paz que habita dentro de nós repercute ao nosso redor. E se aceitarmos — verdadeiramente — essa constante mutação, talvez descubramos, no tempo presente, vislumbres de felicidade. Felicidade essa que é maleável e transformadora, pois é na quietude interior — quando nos tornamos observadores — que somos convidados a crescer, a evoluir, a nos tornar melhores.

A aspiração é como um sonho que não acabou. No instante da ilusão terna, acreditamos estar sonhando, e ainda que mergulhados no silêncio, jamais adormecemos. Somos uma sede que persiste, mesmo quando o rio seca. Somos luz que não se vê, mas que sempre acende. Somos amor — aquele que vibra, que pulsa, que é.

Kaleidoscopic Change

Kaleidoscopic change is a powerful and multifaceted image. It evokes something in constant transformation — like fragments of color that rotate and regroup, forming new meanings with each movement. This image accurately conveys what we experience in this material world: an existence shaped by fluxes, cycles and impermanence.

In this plane, everything changes systematically. Nothing that is today remains, nothing from yesterday remains untouched. What is up to us is to learn and practice — with humility and lucidity. We observe the world as if it belonged to us, until we understand, through experience, that everything is transitory, and that often what we call reality is nothing more than a sweet fantasy.

The peace that lives within us reverberates around us. And if we truly accept this constant mutation, perhaps we will discover, in the present time, glimpses of happiness. This happiness is malleable and transformative, because it is in inner stillness — when we become observers — that we are invited to grow, to evolve, to become better.

Aspiration is like a dream that never ends. In the moment of tender illusion, we believe we are dreaming, and even though we are immersed in silence, we never fall asleep. We are a thirst that persists, even when the river dries up. We are light that cannot be seen, but that always burns. We are love — the one that vibrates, that pulsates, that is.