A Arte de Sentir com Consciência

Sentimento é a vibração da alma, sua forma mais autêntica de se expressar. Muitas vezes, sem perceber, nos comunicamos com o mundo por meio dele, antes mesmo de entendermos o que estamos sentindo. E, ao trazermos esses sentimentos em pensamento, nos preparamos para silenciá-los e expressá-los em palavras e gestos.

Educar os pensamentos é essencial. Eles devem surgir com propósito, apenas quando sua expressão se faz necessária. Essa é uma tarefa exigente, que requer dedicação e vigilância constante. Não podemos permitir que o ego tome as rédeas da mente — devemos treiná-lo para que esteja sempre a nosso serviço.

Durante anos, venho aprendendo a suavizar minha maneira de falar. Tinha uma forma de expressão agressiva, mas foi ao reconhecer isso que comecei a crescer, especialmente no plano anímico. Afinal, como sempre digo, somos nós que sentimos a existência ao nosso redor — jamais o corpo.

Procuro fazer tudo com o máximo de cuidado e integridade. Curiosamente, isso incomoda algumas pessoas. Muitos ainda acreditam que agir com gentileza é sinônimo de falsidade. Lamentavelmente, temos que conviver com esses julgamentos, mas deles também nascem grandes lições de renúncia e aceitação.

Feeling is the vibration of the soul, its most authentic form of self-expression. Often, without realizing it, we communicate with the world through it, even before we understand what we're feeling. And by bringing these feelings into thought, we prepare ourselves to silence them and express them in words and gestures.

Educating our thoughts is essential. They must arise purposefully, only when their expression is necessary. This is a demanding task, requiring dedication and constant vigilance. We cannot allow the ego to take over the mind—we must train it to always be at our service.

For years, I've been learning to soften my way of speaking. I used to have an aggressive way of expressing myself, but it was by recognizing this that I began to grow, especially on the emotional level. After all, as I always say, we are the ones who sense the existence around us—never the body.

I strive to do everything with the utmost care and integrity. Interestingly, this bothers some people. Many still believe that acting kindly is synonymous with falsehood. Unfortunately, we have to live with these judgments, but from them also come great lessons of renunciation and acceptance.