Sopro da Essência

No silêncio da espera, onde o tempo repousa,

dançam pensamentos como folhas ao vento.

Há algo que vibra — essência que nos pousa,

o princípio de tudo, no mais puro alento.

Respiração é portal entre o início e o fim,

fio invisível entre o mundo e o mistério.

Entre o primeiro suspiro e o último, enfim,

vive o equilíbrio, o sentir mais sincero.

Pensar é voar por caminhos incertos,

respirar é pousar no agora, no chão.

Brisa suave de sussurros discretos,

sabedoria se faz canção da emoção.

Inspire a paz que acalma o peito,

expire as dores que nublam o olhar.

No alento, há um poder perfeito:

forma, transforma — faz tudo vibrar.

Inspire a luz, expire a sombra.

Seja pirilampo, farol pequenino.

Por onde passa, o caminho deslumbra,

com sua faísca guiando o destino.

Mesmo em silêncio, mesmo sozinho,

há brilho em quem respira com amor.

A vida pulsa, leve e com carinho,

como o verso que canta sem temor.

Breath of Essence

In the silence of waiting, where time rests,

thoughts dance like leaves in the wind.

There is something that vibrates—the essence that grounds us,

the beginning of everything, in the purest breath.

Breathing is the portal between the beginning and the end,

an invisible thread between the world and mystery.

Between the first breath and the last, finally,

lives balance, the most sincere feeling.

To think is to fly along uncertain paths,

to breathe is to land in the now, on the ground.

A gentle breeze of discreet whispers,

wisdom becomes a song of emotion.

Inhale the peace that soothes the chest,

exhale the pain that clouds the gaze.

In breath, there is a perfect power:

it forms, transforms—it makes everything vibrate.

Inhale the light, exhale the shadow.

Be a firefly, a tiny lighthouse.

Wherever it goes, the path dazzles,

with its spark guiding destiny.

Even in silence, even alone,

there is brilliance in those who breathe with love.

Life pulses, light and tender,

like the verse that sings without fear.