A Confissão de um Escritor

Desde criança escrevo. Por muitos anos, dediquei-me exclusivamente à poesia — era uma brincadeira com as palavras, uma forma de brincar com o sentir. Foi só em 2005, ao conhecer o Recanto das Letras, que me apaixonei pela crônica. A partir desse encontro, a escrita se tornou minha razão de viver.

Antes, os versos vinham como jogo. Hoje, vêm como propósito. Descobri a internet em 1997, e foi por meio dela que formei conexões filosóficas que alimentaram minha expressão interior.

Quem acompanhou minha jornada sabe quem sou. Mas há quem, por despeito ou por inveja, insista em dizer que não posso ser escritor — acreditam, com uma certeza quase cega, que me conhecem. Acham que sabem quem fui… mal sabem que o passado não me define. É o presente que revela o que sou.

Durante anos, fiz dos meus próprios textos fonte de transformação. Cada palavra que escrevo nasce da profundidade da minha essência — da alma, da consciência. Esse processo foi meu ponto de apoio na busca por entendimento e fortalecimento interior.

Meu pai sempre foi meu maior admirador — mesmo desacreditando dos temas que escolhi. Ele era cético, duvidava das dimensões espirituais e anímicas que, para mim, sempre foram os verdadeiros motes da minha escrita.

Com o tempo, fui crescendo, evoluindo… e aqui estou. Mas sigo. Porque viver, para mim, é continuar escrevendo.

I've been writing since I was a child. For many years, I dedicated myself exclusively to poetry—it was a play with words, a way of playing with feelings. It wasn't until 2005, when I discovered Recanto das Letras, that I fell in love with chronicles. From that moment on, writing became my reason for living.

Before, verses came as a game. Today, they come as a purpose. I discovered the internet in 1997, and it was through it that I formed philosophical connections that fueled my inner expression.

Those who have followed my journey know who I am. But there are those who, out of spite or envy, insist that I can't be a writer—they believe, with an almost blind certainty, that they know me. They think they know who I was... little do they know that the past doesn't define me. It's the present that reveals who I am.

For years, I've made my own texts a source of transformation. Every word I write springs from the depths of my essence—from my soul, from my consciousness. This process was my foundation in my search for understanding and inner strength.

My father was always my greatest admirer—even though he disbelieved in the themes I chose. He was skeptical, doubtful of the spiritual and psychic dimensions that, for me, have always been the true driving force behind my writing.

Over time, I grew, evolved… and here I am. But I keep going. Because, for me, living is continuing to write.