Entre a Alma e o Ego: O Silêncio como Verdade

A alma se manifesta por meio de sentimentos profundos; o ego, por sua vez, é fruto de pensamentos instantâneos. Enquanto a alma vive plenamente o momento presente, o ego se prende ao que já passou. Tudo o que experienciamos é expressão da alma, mas a mente interpreta esses sentimentos e os registra no ego — que, por sua vez, tende a nos controlar e conduzir.

Essa percepção pode parecer perturbadora, mas é verdadeira e essencial para aqueles que buscam viver de forma autêntica e íntegra. Devemos observar a nós mesmos como sábios guiados por um tolo, já que, por comodidade, permitimos que o insensato — o ego — dite nossos atos, simplesmente por estar vinculado ao passado.

O passado, embora já não exista, é onde o ego procura respostas para nos orientar. Ele nos diz o que fazer com base em experiências que já não correspondem à realidade atual. Porém, isso é um equívoco: o universo está em constante transformação. O que não funcionou antes pode perfeitamente funcionar agora.

Por isso, é fundamental cultivarmos o silêncio — ainda que de forma intermitente, pois poucos conseguem permanecer nele continuamente. É nesse estado de quietude que encontramos a verdade, pois o ego se silencia. Assim, nos fortalecemos e aprendemos sobre a essência que nos criou.

Between the Soul and the Ego: Silence as Truth

The soul manifests itself through deep feelings; the ego, in turn, is the fruit of instantaneous thoughts. While the soul lives fully in the present moment, the ego is attached to what has already happened. Everything we experience is an expression of the soul, but the mind interprets these feelings and registers them in the ego—which, in turn, tends to control and guide us.

This realization may seem disturbing, but it is true and essential for those who seek to live authentically and with integrity. We must observe ourselves as wise men guided by a fool, since, out of convenience, we allow the foolish—the ego—to dictate our actions, simply because it is tied to the past.

The past, although it no longer exists, is where the ego seeks answers to guide us. It tells us what to do based on experiences that no longer correspond to current reality. However, this is a mistake: the universe is constantly changing. What didn't work before may work perfectly now.

Therefore, it is essential to cultivate silence—even if only intermittently, as few can remain in it continuously. It is in this state of stillness that we find truth, for the ego is silenced. Thus, we grow stronger and learn about the essence that created us.