Tudo é Começo, Nunca Fim

O momento que vivemos é de intensa transformação — e poucos são capazes de compreender isso plenamente. Quando passamos por um processo de transmutação, o gesto mais sábio é abrir-se e observar. Observar com atenção, para aprender. Porque tudo é começo — nunca fim.

A consciência somos nós. A alma é eterna, o tempo é infinito, e a vida se desdobra em múltiplas existências. O que não realizamos agora, será vivido adiante, em outros ciclos. Para que essa jornada aconteça de forma harmônica, é necessário permanecermos despertos em todos os planos — oníricos e conscientes — como verdadeiros observadores em constante crescimento.

Por isso, jamais devemos abandonar os nossos esforços em direção àquilo que sentimos, pela inspiração, ser o melhor caminho para a nossa realização. Muitos, porém, ainda não sabem o que querem, quem são ou por que vieram ao mundo. Isso acontece porque nossa cultura valoriza apenas o aspecto material da existência.

Se desejamos conhecer de fato quem somos e qual é a nossa missão neste mundo, precisamos parar de acreditar que o corpo nos define. Ele é apenas um instrumento — útil, passageiro — que nos permite atuar nesta dimensão. Nada do que é daqui nos acompanha. Mas o que construímos em essência, isso sim, é eterno.

The moment we live in is one of intense transformation—and few are able to fully grasp this. When we go through a process of transmutation, the wisest gesture is to open up and observe. Observe attentively, to learn. Because everything is a beginning—never an end.

We are our consciousness. The soul is eternal, time is infinite, and life unfolds into multiple existences. What we do not accomplish now will be experienced later, in other cycles. For this journey to unfold harmoniously, we must remain awake on all planes—dream and conscious—as true observers in constant growth.

Therefore, we must never abandon our efforts toward what we feel, through inspiration, is the best path to our fulfillment. Many, however, still don't know what they want, who they are, or why they came into this world. This happens because our culture values only the material aspect of existence.

If we truly wish to know who we are and what our mission in this world is, we must stop believing that our bodies define us. It is merely an instrument—useful, temporary—that allows us to act in this dimension. Nothing from here stays with us. But what we build in essence is eternal.