A Ilusão do Poder e a Verdade da Humildade

Ninguém é melhor do que ninguém neste mundo. Todos nós nascemos, vivemos e morremos. Quando vejo pessoas destratando outras por causa das aparências, sinto compaixão. Afinal, desconhecemos quase tudo sobre o mundo e suas leis. Já parou para pensar que o predador se arrisca tanto quanto a presa?

Uma vez ouvi uma frase que nunca saiu da minha memória: “O mesmo risco que corre o pau, corre o machado.” Eu era criança, mas essa ideia guiou minha existência por muitos anos. Ela sempre me fez refletir se realmente valia a pena me sentir superior ou inferior a alguém. Nada nesta vida é mais poderoso do que a humildade.

Desta vez, não quero falar sobre espiritualidade — embora isso seja quase impossível, já que nossa essência é espiritual. Quero falar sobre o corpo, nosso instrumento de ação. Ele nos serve no dia a dia, mas deixa de ter serventia quando morre. Você já olhou por esse ângulo?

O mundo físico está à nossa disposição. Podemos moldá-lo, transformá-lo, criar e realizar quase tudo o que desejarmos, usando a nossa inteligência, inspiração e ação. Mas quando o nosso tempo termina, nada daqui nos acompanha. É nesse instante que percebemos a miragem… a ilusão na qual estamos tão presos.

The Illusion of Power and the Truth of Humility

No one is better than anyone else in this world. We are all born, live, and die. When I see people mistreating others because of appearances, I feel compassion. After all, we know almost nothing about the world and its laws. Have you ever stopped to think that predators take as many risks as prey?

I once heard a phrase that has never left my memory: "The same risk the stick takes, the axe takes." I was a child, but this idea guided my existence for many years. It always made me reflect on whether it was truly worth feeling superior or inferior to someone. Nothing in this life is more powerful than humility.

This time, I don't want to talk about spirituality—although that's almost impossible, since our essence is spiritual. I want to talk about the body, our instrument of action. It serves us daily, but it ceases to be useful when it dies. Have you ever looked at it from this perspective?

The physical world is at our disposal. We can shape it, transform it, create and achieve almost anything we desire, using our intelligence, inspiration, and action. But when our time is up, nothing from here stays with us. It is in that moment that we realize the mirage... the illusion in which we are so trapped.