O Tempo e a Essência

Segundos viram minutos, que se tornam horas, dias, meses, anos, décadas... e assim o tempo escorre, como num sonho. Tudo se esvai. Corpos nascem, outros perecem. A matéria se alterna, se transforma, e há quem não acredite que um dia deixamos esse invólucro físico — como a borboleta que abandona o casulo e alça voo.

Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma — já dizia Lavoisier. Mas gosto de pensar que, ao virmos ao mundo como almas, recebemos um corpo temporário para experienciar o amor. Esse amor, que é a força criadora, molda o universo através do plasma da existência.

Na verdade, desconhecemos quase tudo. Sócrates já dizia: “Só sei que nada sei” — e eu concordo. Quanto mais nos enfronhamos no aprendizado das coisas do universo, percebemos o quão pouco sabemos sobre a origem de tudo. A realidade está além das fronteiras enigmáticas do nosso conhecimento.

Precisamos nos esforçar, pois somos a essência da consciência universal. Somos o sistema nervoso do mundo. Não somos apenas o que somos — somos também o que foi e o que será. Há milênios viemos e partimos, sempre nos renovando, aprendendo sobre o amor e sua essência profunda.

Time and Essence

Seconds turn into minutes, which become hours, days, months, years, decades... and so time slips away, as in a dream. Everything vanishes. Bodies are born, others perish. Matter alternates, transforms, and there are those who don't believe that one day we leave this physical shell—like a butterfly that leaves its cocoon and takes flight.

In nature, nothing is created, nothing is lost, everything transforms—as Lavoisier said. But I like to think that, when we come into the world as souls, we receive a temporary body to experience love. This love, which is the creative force, shapes the universe through the plasma of existence.